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Antes de começar, era uma pessoa muito ansiosa, o que fazia com que acordasse de manhã quase sempre com dores de estômago e/ou naúseas. Comecei por tomar ao pequeno-almoço óleo essencial de peppermint, o que já ajudou significativamente, mas meditar um pouco, o parar para respirar e sentir aquilo que o nosso corpo precisa foi o factor determinante na melhoria da minha saúde mental.

Sozinha, no quarto de hotel em Brno, República Checa, olho para a página em branco do computador sem saber por onde começar. O meu marido foi beber uma cerveja e comer bife tártaro com um amigo que não vê já há bastante tempo.

Por aqui, perco-me em pensamentos e em música clássica. Tento alinhar as minhas ideias para poder escrever algo nesta nova página. Este não é o meu primeiro blog, mas o primeiro mais pessoal, onde não me escondo por trás de um pseudónimo, onde não  sigo as tendências da moda e dos outros bloggers.

Sinto que vivemos num mundo em que somos forçados a seguir o "rebanho": obrigados a pensar da mesma forma, pressionados para vestirmos e gostarmos das mesmas coisas, forçados a seguir um determinado tipo de vida. Tudo o que sai do que é considerado aceitável pela sociedade é estranho, descabido, louco, desequilibrado.

Pois bem, minhas nuvens de algodão doce, hoje escrevo-vos deste lado para vos dizer que esta crença tão enraizada em nós, não só é mentira, como é um crime.

A individualidade deveria ser apreciada e até celebrada. Cada um de nós tem o seu próprio potencial e a sua própria energia. Se nos tentarmos encaixar todos na mesma caixa, a maior parte de nós vai acabar por se sentir sufocado com as amarras criadas e perder o sentido e beleza da vida. Estamos tão focados na opinião e validação por parte dos outros, que nos esquecemos de ouvir a nossa própria voz. E muitas vezes, acabamos tão desconectados com a nossa própria essência que entramos por caminhos de auto-destruição, com pensamentos de incerteza, tristeza, ódio, ansiedade e isolamento que no final podem levar à depressão.

A imagem do inicio deste post não foi escolhida por acaso: é a representação daquilo que eu senti durante algum tempo e do que ainda sinto nalguns dias menos bons. A vontade de simplesmente desaparecer, de me evaporar, de sentir que a minha existência não importa.

Felizmente, tenho trabalhado (em conjunto com a minha psicóloga ou guia-espiritual, como prefiro chamar-lhe, e com o meu marido) e esse momentos são cada vez mais espaçados no tempo e menos intensos.

Decidi então criar este blog com o intuito de partilhar a minha experiência com vocês e dar algumas dicas que tenho usado para superar estes momentos mais difíceis. O passar do desequilíbrio para o equilíbrio.

Vemo-nos no próximo post. ☮️☯️